O Brasil tem hoje os melhores hackers do mundo, ao lado da Coréia e da China. A afirmação é do americano Chris Rouland, diretor da X-Force, um grupo de especialistas da empresa Internet Security Systems (ISS) que monitora o tráfego na internet e combate a ação de hackers.
- O Brasil tem milhares dos melhores hackers do mundo e eles estão muito ocupados – disse Rouland, que está no Brasil para um ciclo de palestras sobre segurança de redes corporativas e internet em São Paulo. O diretor da X-Force ressaltou que nenhum governo ou empresa está livre de um ataque de hacker. Segundo ele, o fato de ter os protocolos de internet (IP) em seqüência torna a web brasileira muito vulnerável à ação dos invasores virtuais. No Brasil, todos os IPs começam com o número 200.
- Milhares de sistemas brasileiros são invadidos em poucas horas. O Brasil é menos seguro que a Austrália e um pouco melhor que o Japão – afirmou.
De olho no cyberterrorismo - Rouland disse também que especialistas em segurança eletrônica estão preocupados com a possibilidade de um ataque terrorista aos sistemas de informação - o chamado cyberataque - comandado pela organização terrorista Al Qaeda. Segundo ele, o grupo detectou que pessoas ligadas ao terrorista Osama bin Laden aumentaram a utilização da web.
- A Al Qaeda está usando muito a internet. Estamos preocupados que eles estejam armando um cyberataque para os próximos meses – afirmou Rouland.
De acordo com o especialista, o X-Force monitora ininterruptamente os ataques às redes e sistemas de informação em todo o mundo. Diariamente, seu grupo se reúne com equipes do FBI, a polícia federal americana, e do INPC -órgão do governo americano responsável pela proteção à infra-estrutura do país - para informá-los sobre o tipo e o local onde estão ocorrendo os cyberataques.
Rouland informou que, desde os ataques terroristas de 11 de setembro do ano passado, o governo americano tem investido US$ 1 bilhão por ano somente em sistemas de segurança e proteção de redes.
- Os sites do governo americano eram muito atacados porque, no passado, investiam pouco em segurança. Agora, o governo gasta US$ 1 bilhão somente em sistemas de segurança na rede – disse Rouland.
De acordo com levantamento da ISS, antigamente 70% das ameaças às redes vinham de dentro das próprias organizações. Atualmente, esse índice é de 30%. Entretanto, observa Rouland, os ataques feitos internamente têm um índice de sucesso maior que os de origem externa.
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